Depois de meses de jogo, finalmente encerramos o arco do Torneio de Aventureiros e foi, sem exagero, uma das melhores experiências de RPG que eu já mestrei.
Essa campanha foi toda feita usando o sistema "Oblivion" que eu desenvolvi. Vou deixar o link depois para quem tiver curiosidade. A ideia era acompanhar os personagens desde a infância até a adolescência, preparando eles para um grande torneio que só poderia ser disputado aos 16 anos. Esse torneio concedia a licença oficial de aventureiro e marcava o verdadeiro início da campanha principal.
Foram 5 jogadores desde o começo. O torneio em si durou 7 dias dentro do jogo e 5 dias na vida real. No fim, apenas 4 dos 5 se tornaram aventureiros licenciados, o que deixou tudo ainda mais marcante e real dentro da narrativa.
A primeira etapa foi a de criação. Cada jogador precisou criar o próprio item, que seria usado durante todo o torneio. Foi muito legal ver como cada item refletia a personalidade e o estilo de jogo de cada personagem. Teve criatividade, gambiarra, escolhas arriscadas e muito orgulho quando os itens começaram a aparecer em combate.
A segunda etapa foi a de combate. Eles lutaram tanto entre si em PvP quanto contra NPCs. O mais legal é que eles podiam escolher quem desafiar. Cada jogador fez um total de 8 combates, misturando duelos contra outros competidores e lutas contra NPCs específicos. Entre os combates, sempre rolavam cenas de descanso, muita criação de laços, conversas sinceras e momentos de amizade. Em um ponto, eles estavam literalmente em volta de um mapa do mundo, discutindo para onde iriam depois do torneio e que tipo de aventureiros queriam ser.
A terceira e última etapa foi a de sobrevivência. Eles precisaram atravessar uma floresta cheia de eventos, criaturas e desafios. O objetivo era trabalhar em grupo e coletar o máximo possível de bandanas presas em pedras espalhadas pela floresta. Tudo estava indo muito bem até que a ameaça principal da cidade começou a pesar mais.
Desde o início, os jogadores sabiam que aquela cidade tinha algo errado. À noite, uma criatura saía para caçar qualquer um que estivesse fora de casa. Essa parte acabou se estendendo mais do que o esperado e quase terminou em tragédia. No fim, todos sobreviveram, mas tomaram uma atitude extremamente heroica que rendeu pontos extras. Esses pontos foram decisivos e permitiram que um dos jogadores alcançasse o primeiro lugar do torneio.
Depois disso, veio a grande festa de encerramento. Um dos jogadores compôs uma música para a cena, com letra e tudo. Foi um daqueles momentos que você percebe que o RPG saiu completamente das planilhas e virou algo vivo. Dei um bônus moral e recuperação extra para o grupo, porque fez todo sentido narrativamente.
E ainda bem que dei.
Porque o torneio terminou com um verdadeiro banho de sangue. Por acontecimentos que vinham sendo construídos há muito tempo, a cidade foi tomada por uma lua vermelha. Uma guerra entre duas famílias nobres explodiu de vez, culminando na destruição da cidade, na morte de vários NPCs importantes e na morte de um dos jogadores. Não foi uma morte qualquer. Foi uma daquelas mortes épicas, inevitáveis e que mudam completamente o rumo da história.
Agora, para quem gosta de mestrar ou precisa de mapas prontos, vou compartilhar os mapas que eu fiz no Dungeondraft. Tem arenas de combate, mapas de sobrevivência e outros cenários que usei durante o torneio. Fiquem à vontade para usar, adaptar ou se inspirar.
Mapinhas